segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O móvel que não queria ser jogado fora

Então, faz mais de dois anos, eu achei um móvel na rua, perto da Plaza España. Tinha uma talha horrível, uma pintura amarela estranha, várias crostas de barro e parecia que ia desmontar a qualquer momento. Mas eu gostei da porta, do tamanho...achei legal, simpático...e depois de pensar um pouco (1 segundo mais ou menos) eu levei ele pra casa .Ficou lá guardado num canto de um ateliêr improvisado. Um tempo depois eu tentei limpar ele, usando uma pistola de calor. Nessa eu descobri que tinha umas 5 camadas de pintura na superfície da madeira. Deu preguiça. Então eu mudei, da Plaza España pra um outro apartamento e depois pra outro, e levei o móvel comigo.
Quando vim morar com Miguel e fomos fazer a mudança, ele viu aquela cômoda velha, estranha e suja e disse: você vai trazer isso? Eu disse: "você não entende...que o móvel não quer ser jogado fora". Semana passada eu reformei o meu móvel. Não ficou perfeito porque a madeira estava bastante deteriorada, mas eu já sabia que ele não podia ficar perfeito. O Miguel gostou bastante do resultado, agora já não olha mais com aquela cara de pavor que ele tinha quando viu a cômoda pela primeira vez...
Era assim ó:

Antenção para essa talha que parece um tipo de deus-sol-alienígena...

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